Bem, se você está lendo este texto, provavelmente deve estar sofrendo!
A neuralgia pós-herpética é uma das piores dores que podem acometer o ser humano, devido à sua intensidade (forte intensidade, frequentemente impedindo o indivíduo de realizar suas obrigações diárias) e devido ao tipo de dor (em queimação ou fisgada, causando uma sensação extremamente desagradável). A dor pós-herpética surge subitamente, sem aviso, podendo causar depressão e ansiedade em quem dela sofre.
E de onde vem a neuralgia pós-herpética? Por que é tão incômoda? E quais os tratamentos possíveis?
Você provavelmente teve catapora quando era criança e assim como ela veio, ela se foi. Na época, se você se lembrar, ficou cheio de bolhas que depois estouraram formando feridas com crosta (casquinha). É possível que até hoje você tenha algumas cicatrizes no rosto dessa época. O nome científico da catapora é varicela e é causada pelo vírus Varicela zoster. Mas também é possível que você tenha tido apenas contato com o vírus, sem desenvolver a doença da catapora propriamente dita.
A palavra catapora vem do tupi-guarani tatapora que significa fogo que salta” (tatá = fogo, porá = saltar), talvez pelo fato de ser altamente contagiosa.
Uma má notícia é que depois de ter tido catapora, o vírus não foi totalmente eliminado do seu organismo. Ele ficou dormindo em uma determinada região do corpo chamada gânglio (na figura identificado como dorsal root ganglion, seta azul e seta laranja). Nas figuras abaixo você pode ver que os gânglios ficam dentro da coluna vertebral e deles saem os nervos (lateral cutaneous e anterior cutaneus, setas verdes) que dão sensibilidade, por exemplo, à região do tórax.
Veja a animação no vídeo abaixo. Apesar de ser em inglês, mostra bem a migração do vírus saindo do gânglio e caminhando pelo nervo:
Muitos anos ou mesmo décadas depois da catapora, quando sua imunidade abaixa (por excesso de estresse ou presença de outras doenças), o vírus do herpes zoster acorda e volta a se dividir, saindo do gânglio e percorrendo o nervo que sai do gânglio. Quando ele faz isso, causa as mesmas lesões da catapora (= bolhas) ao longo do nervo. A catapora, reativada desta forma no adulto, é chamada de herpes zoster.
Pelo fato de percorrer um nervo, as lesões bolhosas aparecem no mesmo trajeto do nervo, formando um “U”que sai de trás das costas e indo até a parte da frente do tórax (zoster vem da língua grega e significa cinturão).
Pelo fato de muita gente ter catapora quando criança, faz com que o herpes zoster também seja muito comum.
Assim como a catapora, o herpes zoster também se vai.
Pelo fato de percorrer um nervo, as lesões bolhosas aparecem no mesmo trajeto do nervo, formando um “U”que sai de trás das costas e indo até a parte da frente do tórax (zoster vem da língua grega e significa cinturão).
Pelo fato de muita gente ter catapora quando criança, faz com que o herpes zoster também seja muito comum.
Assim como a catapora, o herpes zoster também se vai.
Infelizmente, em cerca de 20% das pessoas que tiveram herpes zoster, a dor no local afetado pode continuar. Pelo fato de lesar os nervos e o gânglio, ocorre a transmissão errática de impulsos do nervo ao cérebro. Por isso a dor é em queimação ou facada e é de forte intensidade. Este fenômeno de persistência da dor após o herpes zoster é chamado de neuralgia pós-herpética e é uma das dores mais intensas e desagradáveis que podem acometer o ser humano, podendo inclusive se confundir com um infarto do coração.
O tratamento da dor pós-herpética baseia-se no uso de remédios e na realização de procedimentos visando reduzir a dor.
Pacientes que apresentam dor pós-herpética já fizeram uso de várias medicações analgésicas, normalmente sem uma melhora consistente da dor. Neste momento torna-se necessário de uso de medicações antidepressivas e anticonvulsivantes. Mas por que usar antidepressivos se você não está nem triste, nem deprimido? E por que usar anti-convulsivantes se você não é epiléptico?
Veja sobre o uso destas medicações no tratamento da dor em nosso site em Casos difíceis no menu Tratamentos disponíveis.
Frequentemente, apenas o uso de medicações não é o suficiente para conter a dor, sendo necessário aplicar medicações diretamente sobre o nervo afetado (infiltração).
Em outras situações, é preciso tratar o nervo com radiofrequência. Radiofrequência é um tipo de energia semelhante àquela utilizada no forno de microondas. Sob anestesia local, uma agulha é inserida próxima ao nervo afetado. Por dentro da agulha passa-se um eletródio que por sua vez é conectado a um aparelho gerador de radiofrequência. Este procedimento é chamado de rizotomia ou radiculotomia
Veja mais sobre este procedimento
–> Veja mais em Radiofrequência <— como funciona este tratamento (entre no menu Tratamentos disponíveis)
A radiofrequência pode ser utilizada ainda no tratamento das dores na coluna e hérnias de disco:
–>Veja mais em Biacuplastia <<–
Apesar do herpes zoster ocorrer mais frequentemente na região do tórax, ele pode acometer partes variadas do corpo, como a face e as pernas.
Existem casos extremos em que a dor é resistente mesmo à associação de medicamentos e aos procedimentos de infiltração e radiofrequência. Casos especiais podem ser tratados com as técnicas de implante de estimulador epidural ou pelo implante de uma bomba de morfina.
Veja mais em nosso site em Casos Difíceis no menu Tratamentos disponíveis.
Para se evitar a dor pós-herpética, o herpes zoster deve ser tratado corretamente o mais rápido possível. Da mesma forma, quanto mais cedo, melhor a chance de sucesso no tratamento da dor pós-herpética.
A dor é um limitante para uma vida plena e saudável.
Dr. Flávio Miura e Dr Joel Teixeira são médicos formados pela Faculdade de Medicina da USP, membros da Divisão de Neurocirurgia e do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
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